Escolhi a enfermagem para transformar vidas

Escolhi a enfermagem, porque desde criança tinha o sonho de ajudar e fazer a diferença na vida das pessoas.

Essa frase da enfermeira, Mariana Oliveira de Souza Ortiz, 28 anos, mostra que a escolha pela profissão foi por amor ao próximo. 

Mariana atua no Hospital de Amor – Hospital de Câncer de Barretos, no bairro Aero racho, ela está na área da saúde há cinco anos. Segundo a profissional, a enfermagem lhe deu paciência, resiliência e especialmente o altruísmo, e que seu trabalho serve para salvar vidas, um trabalho de amor.

“A enfermagem é uma profissão nobre, pois trabalhamos ajudando a salvar vidas. A profissão me leva a crer que a assistência realizada com humanização e amor é capaz de transformar vidas”, afirmou.

“Escolhi a enfermagem porque desde criança tinha o sonho de ajudar e fazer a diferença na vida das pessoas, ter a oportunidade de oferecer o meu melhor através da assistência e cuidado, proporcionando bem estar e dignidade”, acrescentou.

A profissional da enfermagem ressaltou que as mulheres enfrentaram durante muito tempo dificuldades para encontrar o seu espaço no mercado de trabalho, mesmo assim muitas estão conseguindo se destacar nas mais variadas profissões. Mas Mariana lembra que ainda há muito que conquistar, pois os homens, segundo ela, ainda são maioria em quase todos os setores.

Mariana aponta que as mulheres possuem características singulares, onde talento e a força da mulher podem contribuir para o crescimento e desenvolvimento econômico do país e do mundo. Ela complementa sua opinião dizendo que cada vez mais as mulheres têm saído da zona de conforto e buscado conhecimento e aperfeiçoamento dos talentos, capacitando-se para cargos de liderança, que antes apenas homens ocupavam.

Feminicídio

A enfermeira ressalta que o Brasil é um dos países onde mais ocorrem casos de homicídios femininos, mas ela lembra que isso precisa ser mudado, pois antes do crime fatal ocorrer, acontecem vários sinais de violências. A profissional disse que a sociedade não pode mais ignorar o fato de que as ocorrências acontecem pelo simples fato do gênero, para ela cada pessoa pode fazer algo a respeito. Algo como levar informações ou encorajar uma denúncia, com o objetivo de preservar a vida da mulher.

A profissional da saúde não vê a mulher como o sexo frágil, ela acredita que todas são guerreiras e batalhadoras, que precisam ser valorizadas, cuidadas e principalmente respeitadas. Mariana afirma que a violência contra a mulher é algo que deve ser levado muito a sério, pois não afeta somente vítima, mas toda a sociedade, especialmente os filhos que presenciam situações traumáticas.

Para mudar o quadro

Ela acrescenta em seu depoimento que as consequências são gravíssimas e vão desde transtornos psíquicos, sequelas físicas e até mesmo a morte. A enfermeira lembra ainda que existem vários tipos de violência, não apenas a física, mas também a psicológica, sexual e moral.

Para a enfermeira, primeiramente deve haver uma mudança na forma com que as pessoas tratam o assunto, pois acredita que se a violência contra as mulheres continuar sendo negligenciada, não haverá progressos. “É preciso haver transformação cultural e não apenas igualdade de gênero, pois ainda existe machismo, no qual mulheres são consideradas inferiores aos homens. As mulheres precisam lutar constantemente pela equidade, não desistir e acreditar na mudança”, explicou.

Mulher precisa de amor

Segundo Marina Ortiz, a Lei Maria da Penha é uma conquista de grande importância para as mulheres, onde muitas vidas foram salvas em virtude da existência da lei, mas ainda há muito para avançar.

“Temos que continuar lutando contra as diversas formas de violência contra as mulheres. Acredito que como cidadãos temos o dever de divulgar a Lei, como instrumento para a proteção dos direitos humanos”, declarou.

“Espero que as mulheres sejam compreendidas, respeitadas e amadas. Que tenham liberdade de escolha, seja para dirigir uma grande empresa ou para ficarem cuidando da casa, filhos e marido, pois ambos são admiráveis”, acrescentou.

Mariana finaliza fazendo um apelo a todos, ela espera que as pessoas não sejam julgadas pelo gênero ou aparência, mas pela competência e profissionalismo. A enfermeira disse que a mulher sempre cuida de tudo, mas também precisa de zelo, cuidado e amor.

Fonte: Coren -MS

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *