Asma na Emergência

Trata-se de uma doença inflamatória crônica, caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas, manifestando-se por obstrução ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou pelo tratamento, com episódios recorrentes de sibilos, dispneia e tosse, particularmente à noite e pela manhã, ao acordar.

A asma pode ser controlada na maioria dos pacientes, evitando os atendimentos em emergências e as hospitalizações. Se a asma não for bem controlada, ela pode tornar-se crônica com prejuízo permanente ao fluxo aéreo, levar à limitação física e social significativa e até causar a morte, em casos mais graves.

Geralmente, a crise asmática é desencadeada por infecções virais, fatores alergênicos e mudança climática. A identificação da asma pode ser baseada em condições clínicas e provas funcionais, como a espirometria, indicando obstrução ao fluxo aéreo. A presença de sibilos, tosse persistente, particularmente à noite ou ao acordar, falta de ar, desconforto respiratório após atividade física, reação ou dificuldade respiratória após exposição a alérgenos (mofo, poeira doméstica, pelos de animais, fumaça de cigarros e perfumes ou odores fortes), além de alterações emocionais, direcionam o raciocínio clínico e suspeita da doença.

O tratamento consiste na administração de brondilatadores por via inalatória, que pode ser repetida a cada 20 minutos para alívio do broncoespasmo. A medicação recomendada é o fenoterol e seus principais efeitos colaterais são tremores, taquicardia, ansiedade, palpitações e possível hipocalemia. Na impossibilidade de utilizar a via inalatória, recomenda-se a administração via parenteral (mais utilizada em pacientes em estado crítico).

A administração de corticóides para a diminuição do processo inflamatório pode auxiliar na redução das internações e, consequentemente, em menor custo para os serviços de saúde. Evidências em estudo com a administração de sulfato de magnésio para pacientes portadores de asma demonstram que a hipermagnesemia aumenta a possibilidade de relaxamento da musculatura lisa dos brônquios.

Em crianças, além das medicações já descritas, a administração de adrenalina inalatória é utilizada para casos de broncoespasmo. A avaliação contínua deve incluir a ausculta pulmonar feita pela equipe médica ou enfermeiro, que identifica a presença ou ausência de obstrução do fluxo de ar. Observe a capacidade que o paciente tem de se comunicar devido à alteração do padrão respiratório; a necessidade do paciente quanto a postura corporal que assume para facilitar a respiração; o uso de musculatura
acessória e o estado mental, que varia desde normal até confuso e sonolento conforme a gravidade da doença.

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