Vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV)

O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, excluindo-se o câncer de pele não melanoma, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

A vacinação de meninas e adolescentes dos sexos masculino e feminino contra o Papilomavírus Humano (HPV) é uma importante estratégia de saúde pública para a prevenção do câncer do colo do útero, além de contribuir também para a redução de outros cânceres, como de vagina, vulva, pênis, ânus, boca e orofaringe, bem como de outros agravos relacionados ao HPV, como as verrugas genitais e a papilomatose de laringe.

O HPV é a Infecção Sexualmente Transmissível (IST) mais comum em todo o mundo, embora, na maioria das vezes (70 a 90%), não apresente sintomas (WHO, 2017). Estima-se que o HPV é responsável por 4,8% dos casos de cânceres no mundo, dos quais 87% são relacionados ao câncer do colo do útero, 9,5% a outros cânceres da região anal-genital e 3,5% são da orofaringe. Se considerarmos os 2,2 milhões de tumores provocados por vírus e outros agentes infecciosos, 30% são causados pelo HPV (ou seja, 640 mil).

O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, excluindo-se o câncer de pele não melanoma, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Entretanto, na região Norte do país, o câncer do colo do útero é o primeiro mais frequente na população feminina. As estimativas do Instituto Nacional do Câncer – INCA (2018) apontaram a previsão de 16.370 novos casos da doença. Em 2015, o Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde registrou 5.727 mortes por câncer do colo do útero no país. Nos países desenvolvidos, a incidência desse câncer tem sido significativamente reduzida como resultado de programas de detecção precoce, e a introdução da vacinação irá contribuir nas próximas décadas para tal redução (BRASIL, c2008). Estudos mostram que, no nosso País, a prevalência da infecção pelo HPV é elevada e afeta, mais recorrentemente, os adolescentes e jovens, sugerindo que a infecção se produz em geral em idade mais precoce, no início das relações sexuais (BRASIL, 2015a).

Objetivos da vacinação e a meta

O objetivo primário da vacinação contra o HPV no Brasil é a prevenção do câncer do colo do útero, refletindo na redução da incidência e da mortalidade por essa enfermidade. Além disso, busca-se também a prevenção de outros cânceres, como de vagina, vulva, ânus, pênis e orofaringe e a redução das verrugas genitais causadas pelo HPV (BRASIL, 2017a; ZARDO et al., 2014).

– No Brasil, no calendário nacional de vacinação, a vacina utilizada contra o HPV é a quadrivalente, a vacina papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante);
– O principal objetivo dessa vacinação é a redução dos casos de câncer de colo de útero, vulva, vagina, ânus, pênis e orofaringe e das mortes relacionadas a tais doenças. No entanto, também haverá impacto sobre as verrugas genitais;
– O público é composto por meninas e adolescentes do sexo feminino entre nove e 14 anos de idade e do sexo masculino entre 11 e 14 anos de idade. A população vivendo com HIV/Aids, transplantados de medula óssea e órgãos sólidos e pacientes oncológicos, entre nove e 26 anos de idade, também receberá esta vacina;
– A vacinação contra o HPV está disponível no Calendário Nacional de Vacinação do PNI.

Nesse sentido, caro(a) trabalhador(a) da saúde, essa formação é muito importante para o êxito da Campanha de Vacinação contra o HPV e para alcançarmos as metas de vacinação preconizadas pelo Ministério da Saúde. 

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