Médicos Chineses implantam mão decepada de homem

A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) teve origem na China antiga e tem evoluído ao longo de milhares de anos. 

Praticantes da MTC usam ervas, acupuntura entre uma família de procedimentos que deram origem na medicina chinesa tradicional. A MTC é considerada parte da medicina complementar e alternativa em um grupo de diversos sistemas de cuidados médicos, saúde, práticas e produtos que não são atualmente considerados como parte da medicina convencional. Esta medicina complementar é usada junto com a medicina convencional.
 
A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) pode ser vista como uma ferramenta que promove o equilíbrio integral do indivíduo e, não simplesmente para curar males específicos. Esse conjunto de práticas desenvolvidas ao longo de milhares de anos na China, sendo o sistema mais utilizado no mundo – estima-se que mais de 2 milhões de pessoas utilizem Medicina Chinesa, em cerca de 120 países – e reconhecido pela OMS e por vários Institutos ou  Sistemas de Saúde. Uma medicina com cerca de mais de 4 mil anos de história e seus fundamentos são usados até os dias de hoje provando o seu valor, sua segurança e eficácia clínica.
A MTC é bastante ampla e se utiliza não apenas da acupuntura, mas também de fitoterapia, dietética, massoterapia, exercícios (Tai Chi Chuan, Qi Gong), meditação, quiropraxia e farmacoterapia. Os chineses consideram a doença como desarmonias, bloqueio ou estagnação na circulação de energia, gerando desequilíbrios energéticos, mas que podemos e precisamos equilibrar para retomar a saúde (harmonia).

O espírito contemplativo dos chineses lhes permitiu perceber as relações entre tudo que existe na natureza, e estes ciclos e movimentos, regidos por Tao (“caminho”) estruturaram os pilares da MTC, pois dentro dessa visão holística, o homem é parte integrante da natureza, com processos bastante semelhantes.

O taoísmo é uma filosofia oriental tradicional, onde a MTC está fortemente enraizada, que tem como conceito chave o Tao, que significa “caminho”. Tao é a força cósmica subjacente que cria o universo, a fonte de todos os fenômenos. O espírito contemplativo dos chineses lhes permitiu perceber as relações entre tudo que existe na natureza, e estes ciclos e movimentos, regidos por Tao estruturaram os pilares da MTC. Dentro dessa visão holística, o homem é parte integrante da natureza, com processos bastante semelhantes, onde, para alcançar a felicidade e uma vida longa, precisa integrar-se a este fluxo e ritmo espontâneo.

O tratamento da MTC acontece por meio de canais superficiais e profundos, que percorrem o corpo e por onde o Qi (energia) circula. Os canais superficiais se interligam com os canais profundos, podendo assim conectar aos órgãos internos, bem como a todos tecidos, tendões, nervos, ossos, vasos sanguíneos, possibilitando que todas funções orgânicas ocorram de forma adequada. Caso algum bloqueio ou estagnação ocorra, ou mesmo o Qi estando debilitado ou em excesso, o equilíbrio estará afetado o que leva aos sintomas, que podem ser diagnosticados inclusive pelo pulso ou através da análise da língua.

A Medicina Chinesa começa pelo conceito de saúde, ensina como perdemos esta condição e como podemos regressar a ela, funciona muito bem como um sistema preventivo. Possui eficácia para uma grande variedade de queixas, incluindo algumas muitas vezes não diagnosticadas e não tratadas pela medicina Ocidental. De acordo com a MTC, quem sofre de insônia, por exemplo, deve cuidar melhor dos rins, fígado e/ou coração; quem mencionar irritabilidade deverá ter seu fígado tratado; quem sofre de lombalgia deverá tonificar seu rim.

Pode-se utilizar a MTC para uma infinidade de distúrbios:

Doenças de pele, alergias
Dores crônicas, dores musculares
Problemas respiratórios (bronquite, asma, rinite, sinusite)
Paralisia
Infecções
Sangramento intenso, amenorréia;
Irritabilidade, raiva, depressão, ansiedade, TPM;
Calorões, sudorese excessiva
Diarréia, distensão abdominal
Insônia
Palpitações
Um indivíduo que busca o tratamento através da MTC não é considerado paciente (aquele que é passivo, que espera), mas sim um “agente” de sua recuperação/reabilitação, pois o terapeuta irá conduzir o tratamento e orientar, mas para que o resultado seja muito mais eficaz é preciso que a pessoa esteja disposta a fazer mudanças em seus hábitos. Sendo assim, é um sistema que ajuda e incentiva o autoconhecimento na busca da cura desejada. Além disso, quando comparada a tratamentos ocidentais, como medicamentos ou cirurgias, a MTC é muito menos dispendiosa.

Médicos Chineses implantam mão decepada de homem no tornozelo, entenda.

A medicina é mesmo fabulosa. Saca só esse caso que aconteceu na cidade Changsha, capital da província de Hunan, na China.

Um rapaz, identificado apenas como Zhou, sofreu um acidente na fábrica em que ele trabalhava. No mês de maio, ele teve a mão esquerda decepada em uma máquina com lâminas giratórias. Além disso, a amputação danificou a estrutura de seus músculos, tecidos e tendões, impossibilitando a rápida reimplantação do membro.

Os médicos estimam que um dedo, quando decepado, pode ficar até 10 horas sem irrigação sanguínea e ainda assim ser recolocado com sucesso. Uma mão inteira precisa de uma cirurgia ainda mais rápida, mas a condição de Zhou no momento impedia o procedimento. Ele necessitava de pelo menos um mês para seu corpo estar pronto.

Procedimento (quase) inédito

Depois de ser atendido e sentenciado a perder o membro, Zhou foi transferido para o Hospital Xiangya, que possui mais recursos tecnológicos. Os médicos de lá falaram que seria possível manter a mão esquerda de Zhou “viva” implantando-a na perna do paciente, até que ele estivesse apto ao reimplante.

O médico Tang Juyu chefiou a equipe de dez cirurgiões que implantou a mão de Zhou em sua perna. Um mês depois, outra cirurgia, que durou 10 horas, permitiu que a mão voltasse ao seu lugar original. Zhou já consegue mexer um pouco os seus dedos, mas com a fisioterapia ele deve recuperar todo o movimento da mão que ele quase perdeu.

Esta é apenas a segunda cirurgia desse tipo no Hospital Xiangya: a primeira foi em dezembro de 2013, quando Xiao Wei perdeu a mão direita também em um acidente de trabalho. Ele também teve o membro implantado temporariamente no tornozelo até estar apto a recebê-lo novamente em seu braço.

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