Existem mais de 100 tipos de Papilomavírus Humano

O papilomavírus humano (HPV) constitui um grave problema de saúde pública no Brasil desde os anos 80 ao qual teve-se conhecimento de sua associação com o câncer de colo uterino.

O papilomavírus humano (HPV) faz parte de um grupo de vírus muito comum em todo o mundo. Existem muitos tipos de vírus HPV e a maioria deles não causa problemas. As infecções geralmente desaparecem sem qualquer intervenção, dentro de alguns meses após a aquisição, e cerca de 90% desaparecem no período de dois anos. Uma pequena proporção de infecções com alguns tipos específicos de HPV pode persistir e progredir para um câncer

Dados mostram que o HPV é a segunda causa de tumor mais frequente e a quarta causa de morte por câncer na população feminina do Brasil. Existem mais de 150 tipos
de HPV, sendo que cerca de 40 do tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58, 60 e outros, são identificados de alto risco para desenvolvimento de câncer.

A infecção com alguns tipos de HPV também provocam câncer de ânus, vulva, vagina, pênis e orofaringe, que são evitáveis usando estratégias de prevenção primária semelhantes às do câncer de colo do útero.

Essa doença tem etiologia viral e a sua transmissão ocorre principalmente pelo contato sexual, por contato direto e pela via materno fetal (gravidez, intra e periparto). Ao lado do espectro diferenciado das vias de transmissão, acrescenta-se a invisibilidade de grande parte das manifestações da infecção – o que dificulta a percepção de sua presença.

O HPV acomete homens e mulheres afetando tanto a região genital como a extragenital. A infecção pode manifestar-se nas formas clínica, subclínica e latente, sendo predominantes as formas subclínica e assintomática entre os homens. Assim, eles são considerados propagadores do vírus – o que não exclui a possibilidade de desenvolverem a doença (Costa, 2008). A forma mais prevalente da infecção, entre as mulheres, é subclínica e clínica, e mais de 90,0% das infecções
regridem espontaneamente.

Fatores como estado imunológico, tabagismo, herança genética, hábitos sexuais e uso prolongado do contraceptivo oral contribuem para a persistência da infecção e a progressão para lesões intraepiteliais.

A maioria das mulheres e homens sexualmente ativos será infectada em algum momento de suas vidas e algumas pessoas podem apresentar infecções recorrentes.  Os vírus do HPV são capazes de infectar a pele ou as mucosas.

O tempo mais provável para a aquisição de infecção para homens e mulheres é pouco depois de se tornarem sexualmente ativos. O HPV é sexualmente transmissível, mas o sexo com penetração não é necessário para a transmissão. O contato genital, pele a pele, é um modo de transmissão reconhecido.

Como o HPV se manifesta?

Na maioria dos casos, o HPV não apresenta sintomas e é eliminado pelo organismo espontaneamente. O HPV pode ficar no organismo durante anos sem a manifestação de sinais e sintomas. Em uma pequena porcentagem de pessoas, determinados tipos de HPV podem persistir durante um período mais longo, permitindo o desenvolvimento de alterações das células, que podem evoluir para as doenças relacionadas ao vírus. Essas alterações nas células podem causar verrugas genitais, lesão pré-maligna de câncer (também chamada de lesão precursora), vários tipos de cânceres, como os de colo do útero, vagina, vulva, ânus, pênis e orofaringe, bem como a Papilomatose Respiratória Recorrente.

Fatores como estado imunológico, tabagismo, herança genética, hábitos sexuais e uso prolongado do contraceptivo oral contribuem para a persistência da infecção e a progressão para lesões intraepiteliais.

Qual é a forma de prevenção do HPV?

Vacina contra o HPV: é a medida mais eficaz para prevenção contra a infeção. A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para:

Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
Pessoas que vivem HIV;
Pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos;
Mas, ressalta-se que a vacina não é um tratamento, não sendo eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes

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