Eliminação de Cálculo renal sem cirurgia

Cientistas dos Estados Unidos trabalham no desenvolvimento de uma tecnologia de ultra-som capaz de expulsar as pedras dos rins sem causar dor aos pacientes.

A nova tecnologia detecta as pedras por meio de um avançado sistema de imageamento por ultrassom, baseado em um processo chamado “artefato cintilante”.

Uma vez localizadas com precisão, as pedras são empurradas por um outro ultrassom altamente focalizado.

Os líderes da pesquisa, Lawrence Crum e Michael Bailey, da Universidade de Washington, estão desenvolvendo a nova abordagem para que ela possa ser usada até mesmo por astronautas no espaço, uma situação que exige tratamentos rápidos e seguros, e com equipamentos pequenos.

Atualmente, o método indicado para a remoção de pedra nos rins é o consumo de água para que elas se movam naturalmente, mas isso nem sempre funciona, e a cirurgia é muitas vezes a única opção.

Antes que a pedra possa ser empurrada para fora, ela precisa ser localizada. Os aparelhos comuns de ultra-som possuem um modo de imageamento em preto e branco, chamado modo B, que cria uma imagem da anatomia.

Mas esses aparelhos também têm um modo Doppler, que mostra o fluxo sanguíneo e o movimento do sangue no interior dos tecidos em cores. Nesse formato, as pedras nos rins aparecem não apenas coloridas, mas também piscando.

Ninguém sabe por que isso ocorre, mas os cientistas decidiram tirar proveito do fenômeno.

Estimativas mostram que os cálculos renais atingem 10% da população em algum momento de suas vidas. Além de uma condição extremamente dolorosa e incapacitante, a remoção nem sempre é simples, e o problema pode ser recorrente.

Com a nova técnica, o tratamento pode ser muito mais simples e incrivelmente rápido.

Uma vez que as pedras são localizadas, o operador da máquina de ultrassom pode selecionar uma pedra de cada vez, e, em seguida, atacá-las com uma onda de ultrassom focalizada para mover a pedra para a saída dos rins.

A onda focalizada tem uma amplitude de meio milímetro, capaz de mover a pedra a uma velocidade de um centímetro por segundo. Além de ser uma opção à cirurgia, a tecnologia pode ser usada para uma “limpeza” após a cirurgia.

“Há sempre fragmentos residuais deixados para trás após a cirurgia. 50% dos pacientes têm que voltar após cinco anos para o tratamento. Podemos ajudar a eliminar esses fragmentos de forma simples”, afirma Bailey.

Segundo os pesquisadores, a nova técnica também poderá ser útil para a ablação de tumores e para interromper hemorragias internas.

A Técnica precisa ser ainda confirmada com maiores estudos científicos, antes de ser popularizada, mas é uma boa notícia em termos de inovação.

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