Comissão de Controle de Infecção alerta sobre novo Coronavírus

As autoridades chinesas identificaram um novo tipo de coronavírus, reportado a OMS em 31 de dezembro de 2019, na cidade de Wuhan na China. 

Muitos pacientes infectados estiveram em um grande mercado de animais e frutos do mar, sugerindo um vínculo epidemiológico entre os casos.

Até 21 de janeiro foram reportadas cerca de 278 infecções humanas confirmadas e seis óbitos. A maior parte dos casos se encontra na China, na cidade de Wuhan, mas foram identificados casos importados em Guangdong, Beijing, Shangai (China), na Tailândia, Japão e Coreia do Sul. (https://www.who.int/csr/don/21-january-2020-novel-coronavirusrepublic-of-korea-ex-china/en/) No final da tarde de 21 de janeiro, o Centers for Disease Control and Prevention confirmou um caso em Washington, nos Estados Unidos, em uma paciente que retornou de Wuhan no dia 15 de Janeiro de 2019 (https://www.cdc.gov/media/releases/2020/p0121-novel-coronavirus-travel-case.html).

Os coronavírus são uma grande família de vírus, alguns tipos com circulação em humanos e outros tipos com circulação em animais, incluindo camelos, gatos e morcegos. Raramente, os coronavírus circulantes em animais podem infectar pessoas e adquirir a capacidade de serem transmitidos entre pessoas. Este fenômeno foi observado na epidemia de SARS, em 2002-2004, e na de MERS-cov em 2012-2013.

DEFINIÇÃO DE CASO:
1) Febre e sintomas respiratórios (por exemplo, tosse, dispneia, pneumonite) e histórico de viagens à cidade de Wuhan, na China nos 14 dias antes do início dos
sintomas, 

ou

2) Febre e sintomas respiratórios (por exemplo, tosse, dispneia, pneumonite) e contato com uma pessoa sob investigação para 2019-nCoV (enquanto essa
pessoa estava doente) nos14 dias antes do início dos sintomas

ou

 3) Febre ou sintomas respiratórios (por exemplo, tosse, dispneia) e contato com um paciente infectado por 2019-nCoV com confirmação laboratorial nos 14 dias antes do
início dos sintomas

Até o momento não há vacina ou tratamento específico para a infecção 2019-nCoV, apenas terapia de suporte.

ATENDIMENTO: Isolamento respiratório para gotículas + contato.
Na suspeita, o atendimento deverá ser realizado pelo profissional utilizando máscara cirúrgica, e encaminhar o paciente a um quarto/box com pressão negativa (embora seja transmissão por gotículas, esta é a recomendação até então vigente, pela possibilidade de serem necessários procedimentos que geram aerossóis).
Oferecer máscara cirúrgica ao paciente.

DIAGNÓSTICO: O Fleury está desenvolvendo teste específico para o novo coronavírus. Ainda não temos informações sobre a disponibilidade de
testes diagnósticos pelo Instituto Adolfo Lutz. Em casos bem selecionados, com epidemiologia compatível, pode-se solicitar o painel para vírus
respiratórios (sigla VIRUSMOL), que inclui os coronavírus mais tradicionais (229E e OC43); o PCR para SARS e para MERS-cov.

Frente a este surto, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do SírioLibanês alerta o corpo clínico sobre a necessidade de estar atento a este novo
diagnóstico e principalmente ao histórico de viagens do paciente. Divulgaremos atualizações diárias.

NOTIFICAÇÃO: Imediata na suspeita. Todos os casos suspeitos devem ser notificados imediatamente após o atendimento.
Ramal da CCIH 4973 (São Paulo), 4018 (Brasília);

Das 18h às 07h, diretamente na Central de Vigilância CVE: telefone 0800-555466 (SP), ou 61 99221-9439 (Brasília);
Comunicar ao paciente sobre a notificação, e sobre o possível contato da vigilância epidemiológica.

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