ácido acetilsalicílico

Aspirina

Atualizado em 06/03/2023 às 09:29

Mensagem pede que pessoas tenham aspirina à mão em caso de infarto. É verdade?

O ácido acetilsalicílico ou AAS (C9H8O4), conhecido popularmente como aspirina, nome de uma marca que se tornou de uso comum, é um fármaco da família dos salicilatos. É utilizado como medicamento para tratar a dor (analgésico), a febre (antipirético) e a inflamação (anti-inflamatório), devido ao seu efeito inibidor, não selectivo, da ciclo-oxigenase.

Uma mensagem que circula pelo Whatsapp faz um alerta para que as pessoas mantenham aspirina na cabeceira da cama no caso da iminência de um ataque cardíaco. Ela é verdadeira.

A mensagem aponta como sintomas de ataques cardíacos dor no braço esquerdo, dor intensa no queixo, náuseas e suores abundantes. Segundo a mensagem, diante da dor no peito, é importante dissolver imediatamente duas aspirinas na boca e engolir com um pouco d’água. Em seguida, ligar para os serviços de emergência.

A mensagem merece credibilidade, segundo o médico Celso Amodeo, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

O texto recomenda ainda que a pessoa sente em uma cadeira ou em um sofá e force uma tosse para fazer o coração “pegar no tranco”.

Mensam compartilhada sobre Aspirina
Mensam compartilhada sobre Aspirina

Segundo Amodeo, a aspirina funciona como um antiagregante plaquetário e ajuda a evitar o agravamento de um possível infarto, provocado pelo entupimento das artérias.

A aspirina só não é recomendada caso haja uma contraindicação médica (como em caso de alergia ou hipersensibilidade, por exemplo).

Amodeo afima ainda que o ato de tossir pode, de fato, estimular o coração, revertendo o agravamento de uma arritmia. Ele ressalta, no entanto, que não é qualquer dor no peito que demanda esse tipo de recurso nem que esse expediente seja a principal medida a ser tomada nesses casos.

O médico citado na mensagem, o cardiologista Enio Buffolo, também confirma as orientações dadas.

Ao G1 ele diz que não escreveu o texto, mas afirma que as recomendações foram dadas em algum momento em que atendia um paciente e que alguém se encarregou de preparar uma mensagem de alerta. Segundo o médico, o compartilhamento sem fim fez com que ele recebesse telefonemas até da Califórnia (EUA) questionando sobre a veracidade do texto.

Fonte: G1

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