A maquiagem se usada de forma errada pode trazer

Atualizado em 16/01/2022 às 09:29

A maquiagem surgiu a muitos tempos atrás, pra ser mais especifico há 3000 anos atrás antes de Jesus Cristo na era egípcia. 

A primeira maquiagem era chamada de Kohl, um pigmento preto ainda hoje usado como sombra e tinha como finalidade sublinhar o contorno dos olhos e escurecer cílios e sobrancelhas, firma a físico-químico Inês Joeques da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Hoje existe inúmeras marcas de maquiagens pelo mundo todo, e hoje elas vão além de uma simples maquiagem pra encobrir imperfeições. Hoje elas tem qualidades e funções específicas como clarear a pele, hidratar, aumentar o volume dos lábios, reduzir bolsas e olheiras, combater rugas e ainda proteger contra a radiação solar.

Mas o que muitas não sabem é que, se usada de forma errada ou quando não são de boa qualidade, elas oferecem perigos para a pele e também para a saúde da mulher. E quando o assunto é saúde, não vale a pena arriscar, não é verdade?

Compartilhamento de maquiagem.

Quem nunca compartilhou um batom com uma amiga ou um lápis de olho com uma irmã? Quem nunca também experimentou um batom ou um rímel nessas lojas de maquiagem pra saber se vai ficar bom?

Pois bem, já foi dito anteriormente que compartilhar com suas amigas ou familiares pode ser um risco por si só, imagine então experimentar uma maquiagem que já passou por diversas outras mulheres desconhecidas? Você nem faz ideia da pessoa que passou por ali e nem que riscos ela oferece.

Produtos que você deve evitar experimentar e compartilhar.

Batom:

Delineador;

Lápis de olho;

Rímel;

Corretivos;

Pó;

Sombras.

Procure testar em uma pequena parte do braço se precisar saber o tom de pele exato que procura no caso de pós e corretivos.

Os riscos.

Terçol: compartilhamento de rímel e delineador. Uma inflamação de olho bastante comum e bem chata. Parece simples, mas o problema é que ela pode evoluir para outras doenças se ignorada e não for tratada corretamente, pois essa região e bastante sensível.

Conjuntivite: compartilhamento de pincéis, máscaras, delineadores, rímel e lápis de olho.  A coceira é bastante intensa ao se ter contato com a bactéria ou vírus causador da doença e, mesmo que comece em um olho, pode atingir os dois olhos podendo ser bastante agressiva em algumas pessoas.

Herpes: compartilhamento de batom de outras pessoas. Doença causada por um vírus e considerada DST, a herpes atinge muitas pessoas e causa feridas múltiplas na região dos lábios. Muitas pessoas nem sonham que têm de fato a doença, isto porque ela fica encubada se for bem tratada, mas nunca realmente deixa de estar lá.

Mononucleose: compartilhamento também de batom.  É uma das que mais oferecem problemas à saúde dentre todos, isto porque a “doença do beijo”, como também é conhecida, é bastante grave e de fácil aquisição. Muitas pessoas vão parar no hospital por falta de cuidado adequado.

Micose: compartilhamento de pincéis, esponjas, corretivos, sombras e pós. Uma das doenças mais chatas de se cuidar, pois estes micro-organismos são bastante insistentes e causam muita coceira, além de deixar uma aparência descamada e amarelada. É bastante feia e pode ser muito dolorida se não tratada de forma adequada e rápida.

Recomendações.

Só compre maquiagens tendo registro na Anvisa, que pode ser verificado na embalagem;

Procure maquiagens de marcas boas e reconhecidas;

Nunca durma com maquiagens sobre a pele;

Não confunda maquiagem com protetor solar;

Nunca use maquiagens fora da data de validade.

Pesquisas relacionadas a maquiagens.

Um estudo publicado pela Universidade Federal de Minas Gerais mostra que, de 22 tipos de batons testados no mercado brasileiro, apenas um, de origem francesa, não continha chumbo.

Qualquer batom pode conter metais pesados. A maior quantidade de chumbo foi registrada na cor rosa, e a menor, no protetor labial neutro, segundo a FDA (órgão norte-americano para o setor alimentício e de medicamentos).

No Brasil, diversas marcas contêm até oito outros metais pesados, que vão de cádmio a alumínio. Na Europa, a cor marrom foi a mais tóxica, onde cores mais escuras tinham em média 8,9 ppm de chumbo, comparados com 0,37 nos batons de cores claras.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regulamentou o uso de chumbo em cosméticos por meio da resolução RDC 15/2013 desde o dia 27 de março de 2013 e determinou que o uso de acetato de chumbo só pode ocorrer em tinturas capilares, sendo que em outros cosméticos não há nenhuma regulamentação.

O Chumbo é um metal pesado que é bio-acumulativo, ou seja, acaba acumulando progressivamente na cadeia alimentar e não é eliminado com o tempo. Segundo a FDA (órgão norte-americano para o setor alimentício e de medicamentos), não existem estudos sobre os níveis seguros do contato desse metal com os lábios.

Fonte: Ministério da Saúde; niversidade Federal de Minas Gerais; Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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