A automutilação é maior em mulheres com crise de ansiedade e desejo de punição, diz estudo

Atualizado em 16/01/2022 às 09:04

Auto-mutilação é quando alguém intencionalmente danifica ou prejudica seu corpo. Geralmente é uma maneira de lidar com ou expressar angústia emocional avassaladora.

Às vezes, quando as pessoas se machucam, elas se sentem em algum nível que pretendem morrer. Mais da metade das pessoas que morrem por suicídio têm uma história de autoagressão.

Mas a intenção é mais frequentemente punir a si mesmos, expressar sua aflição ou aliviar a tensão insuportável. Às vezes é uma mistura dos três.

A automutilação também pode ser um pedido de ajuda.

O que dizem as pesquisas

Um estudo realizado com a participação de 20 pacientes com idade superior a 18 anos; atendidos em ambulatório de Psiquiatria, de uma clínica de uma cidade de médio porte do Vale do Paraíba revelaram que sendo 85% eram do gênero feminino. A depressão foi a doença mais prevalente e o fator desencadeante foi a tristeza. Em relação ao sentimento alcançado, 65% responderam obter alívio e o período do dia de maior ocorrência foi o noturno. Quanto a intensidade dolorosa, segundo a escala numérica de dor, 45% relataram ausência de dor, 35% dor leve, 15% moderada e 5% intensa. Porém, ao se considerar a dor interpretada fora do momento da crise, 5% relatou ausência de dor, 45% dor moderada e 50% intensa.

Sinais e sintomas de autolesão podem incluir:

– Cicatrizes, muitas vezes em padrões
– Cortes frescos, arranhões, contusões, marcas de mordidas ou outras feridas
– Fricção excessiva de uma área para criar uma queimadura
– Mantendo objetos pontiagudos na mão
– Vestindo mangas compridas ou calças compridas, mesmo em clima quente
– Relatórios freqüentes de lesão acidental
– Dificuldades nas relações interpessoais
– Instabilidade comportamental e emocional, impulsividade e imprevisibilidade
– Declarações de desamparo, desesperança ou inutilidade

Tratamento profissional para o corte e autoagressão

A ajuda e o apoio de um profissional treinado podem ajudá-lo a superar o hábito de cortar ou auto-agredir, então considere conversar com um terapeuta. Um terapeuta pode ajudá-lo a desenvolver novas técnicas e estratégias de enfrentamento para evitar a auto-agressão, ao mesmo tempo em que ajuda a chegar à raiz do motivo pelo qual você se machucou.

Lembre-se, a automutilação não ocorre no vácuo. Existe na vida real. É uma expressão externa da dor interior que muitas vezes tem suas raízes no início da vida. Muitas vezes há uma conexão entre autoflagelação e trauma na infância. A automutilação pode ser a sua maneira de lidar com sentimentos relacionados a abusos do passado, flashbacks, sentimentos negativos sobre o corpo ou outras lembranças traumáticas – mesmo que você não tenha consciência da conexão.

A automutilação ocorre com mais frequência em adolescentes e adultos jovens e, de fato, acredita-se que aproximadamente 10% dos adolescentes norte-americanos pratiquem vários comportamentos de autoagressão. Embora as meninas tendam a se autoagressar mais cedo, a maior incidência global de autolesões não suicidas (NSSI) é em meninos adolescentes. As raízes do comportamento de auto-agressão são frequentemente encontradas em traumas da primeira infância, como abuso físico, verbal ou sexual. A automutilação não é apenas um mecanismo de enfrentamento e uma possível indicação de sérios problemas de saúde mental, pode ser uma tentativa de recuperar o controle após uma experiência particularmente perturbadora.

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