UTI Neonatal do HRSM realiza tratamento com mini-rede

Atualizado em 28/01/2023 às 10:20

Mini-rede de algodão e música no tratamento dos recém-nascidos prematuros

O Hospital Regional de Santa Maria vem trabalhando, desde 2012, com o Projeto Nana Neném e Musicoterapia na UTI Neonatal. Eles consistem em colocar o bebe prematuro, com menos de 37 semanas, em mini-rede de algodão adaptadas dentro das incubadoras. Os bebes também escutam musicas clássicas instrumentais.

O Projeto foi criado pela Fisioterapeuta Isabelle Salgado Silva, juntamente com a equipe multidisciplinar do setor, formada por médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos, fonoaudiólogos entre outros profissionais. Segundo ela, o projeto proporciona mais tranquilidade e conforto ao recém-nascido.

“Os bebês podem passar meses internados na UTI e recursos como a rede de algodão e a música clássica instrumental contribuem positivamente na recuperação deles. Uma simples intervenção como o posicionamento adequado, pode influenciar o desenvolvimento neuro-sensório-motor, sistema articular e músculo-esquelético do bebe”, explicou a fisioterapeuta.

Ao bebes ficam em média de trinta a sessenta minutos na redinha, dependendo da adaptação de cada um. Assim o bebe fica mais tranquilo e não se estressa quando a equipe for realizar procedimentos como coleta de sangue e medicação. A rede é confeccionada com as medidas necessárias para que fique segura e possa ser colocada dentro da incubadora. Além disso, a terapia contribui para a organização motora e cognitiva, ajuda na estimulação sensorial, favorece o sistema respiratório e auxilia na habilidade oral-motora. A música, por sua vez, diminui o estado de alerta, favorece a redução da frequência cardíaca e respiratória e estimula o sistema auditivo.

De acordo psicóloga, Rachel Cardoso, a técnica é utilizada, nos momentos em que as mães não possam estar com eles, em bebês prematuros estáveis, mas chorosos e irritados e que não estejam utilizando oxigênio Segundo ela, “a posição em flexão é aconchegante e também se parece com a posição dentro do útero materno”.

A Coordenadora da Fisioterapia do HRSM, Sheyla Pegoraro, explicou que terapias complementares como a redinha e a musicoterapia, estimulam às respostas reflexas, “além de auxiliar as conexões sensoriais, a melhora da oxigenação no sangue e os sinais vitais”, disse Sheyla.

Larissa Gomes e José Ribamar

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