Manejo de Ferimentos e Hemorragias no APH

Manejo de Ferimentos e Hemorragias no APH

O manejo adequado de ferimentos e hemorragias é uma parte essencial do Atendimento Pré-Hospitalar (APH), pois essas condições podem colocar a vida do paciente em risco se não forem tratadas rapidamente. Este tópico aborda as técnicas e procedimentos necessários para o controle eficaz de diferentes tipos de ferimentos e hemorragias, proporcionando aos profissionais de saúde habilidades práticas para estabilizar a vítima e minimizar os danos antes da chegada ao hospital.

Serão exploradas as classificações de ferimentos, métodos de controle de hemorragias externas e internas, e técnicas de imobilização e bandagem.

Conteúdos Abordados:

  • Tipos de Ferimentos e Classificação:
  • Ferimentos Abertos: Cortes, lacerações, abrasões, perfurações, mordidas, avulsões e amputações.
    • Características de cada tipo de ferimento e exemplos comuns.
    • Identificação da gravidade dos ferimentos e possíveis complicações (como infecções e danos a estruturas internas).
  • Ferimentos Fechados: Contusões, hematomas, esmagamentos e lesões internas.
    • Diferenças entre ferimentos abertos e fechados, e sua importância na abordagem de tratamento.
  • Técnicas de Controle de Hemorragias Externas:
  • Pressão Direta:
    • Aplicação de pressão direta sobre o ferimento usando gazes estéreis ou panos limpos para controlar a hemorragia.
    • Importância da manutenção da pressão constante e da verificação contínua da eficácia do controle.
  • Elevação do Membro:
    • Técnica de elevação do membro ferido (se possível) para reduzir o fluxo sanguíneo e ajudar a controlar a hemorragia.
    • Considerações e contraindicações (como fraturas).
  • Uso de Torniquetes:
    • Indicações para o uso de torniquetes em hemorragias extremas onde a pressão direta é ineficaz.
    • Técnica correta de aplicação do torniquete: Localização, ajuste e tempo de uso.
    • Cuidados e riscos associados ao uso de torniquetes (complicações como danos a tecidos e necessidade de monitoramento).
  • Curativos Compressivos:
    • Preparação e aplicação de curativos compressivos para ferimentos que continuam a sangrar após pressão direta.
    • Utilização de agentes hemostáticos, quando disponíveis, para auxiliar no controle da hemorragia.
  • Controle de Hemorragias Internas:
  • Reconhecimento de Hemorragias Internas:
    • Sinais e sintomas de hemorragias internas (pele pálida, fria e pegajosa, dor abdominal, distensão abdominal, hematomas grandes, queda na pressão arterial, taquicardia).
  • Medidas de Estabilização para Hemorragias Internas:
    • Importância de manter a vítima em posição supina e evitar movimentações desnecessárias.
    • Administração de oxigênio suplementar, se disponível, para melhorar a oxigenação tecidual.
    • Monitoramento contínuo dos sinais vitais e preparação para o transporte rápido ao hospital.
    • Limitações do APH no controle de hemorragias internas e a importância de cuidados avançados.
  • Procedimentos de Limpeza e Cobertura de Ferimentos:
  • Limpeza de Ferimentos Superficiais:
    • Uso de soluções salinas estéreis ou água potável para irrigar ferimentos e remover detritos ou contaminantes.
    • Técnicas para evitar a introdução de patógenos e reduzir o risco de infecção.
  • Cobertura Adequada de Ferimentos:
    • Tipos de curativos e sua aplicação: Curativos estéreis, não aderentes, compressivos e absorventes.
    • Uso de bandagens para manter o curativo no lugar e proteger o ferimento.
  • Imobilização e Bandagem de Ferimentos:
  • Técnicas de Imobilização:
    • Uso de talas e bandagens para imobilizar membros com fraturas ou ferimentos profundos.
    • Aplicação de talas improvisadas em campo e técnicas para garantir a estabilidade sem causar dano adicional.
  • Tipos de Bandagens e suas Aplicações:
    • Bandagens triangulares, enroladas, elásticas, e compressivas.
    • Técnicas de bandagem para diferentes partes do corpo (cabeça, tórax, abdômen, membros) e seus objetivos específicos.
  • Prevenção de Choque Hemorrágico:
  • Identificação de Sinais de Choque:
    • Reconhecimento dos sinais precoces de choque hemorrágico, como taquicardia, pele pálida, sudorese, hipotensão e confusão mental.
  • Intervenções para Prevenir o Choque:
    • Manter a vítima aquecida (uso de cobertores), elevar as pernas (se não houver suspeita de lesão na coluna vertebral), e administrar fluidos intravenosos, se for permitido e disponível.
    • Monitoramento contínuo dos sinais vitais e reavaliação regular da condição do paciente.

Benefícios Esperados com o Tópico:

Ao final deste tópico, os participantes deverão ser capazes de:

  • Reconhecer diferentes tipos de ferimentos e hemorragias e determinar a gravidade e a abordagem apropriada para cada caso.
  • Aplicar técnicas eficazes de controle de hemorragias externas, como pressão direta, uso de torniquetes, curativos compressivos e agentes hemostáticos.
  • Identificar sinais de hemorragias internas e tomar as medidas iniciais para estabilizar o paciente e garantir transporte seguro para o atendimento definitivo.
  • Realizar procedimentos de limpeza e cobertura de ferimentos para reduzir o risco de infecção.
  • Aplicar técnicas de imobilização e bandagem adequadas para proteger os ferimentos e minimizar o risco de complicações adicionais.
  • Identificar sinais de choque hemorrágico e implementar intervenções preventivas para melhorar a sobrevivência da vítima.

Este tópico é crucial para desenvolver habilidades práticas de manejo de ferimentos e hemorragias, preparando os alunos para responder com confiança e eficácia em situações de emergência que envolvem sangramentos ou ferimentos traumáticos.

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