Emergências Cardiovasculares

Emergências Cardiovasculares em APH

As emergências cardiovasculares representam uma das principais causas de mortalidade no ambiente pré-hospitalar e requerem intervenções rápidas e eficazes para preservar a vida do paciente. Este tópico aborda as principais condições cardiovasculares de emergência, como o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Também o Acidente Vascular Cerebral (AVC), seus sinais e sintomas, protocolos de atendimento e intervenções necessárias no cenário pré-hospitalar.

O objetivo é capacitar os profissionais para reconhecer rapidamente essas condições e aplicar as técnicas e procedimentos adequados para estabilizar o paciente até a chegada ao hospital.

Conteúdos Abordados em Emergências Cardiovasculares em APH :

  • Reconhecimento de Emergências Cardiovasculares:
  • Sinais e Sintomas Comuns:
    • Sinais e sintomas típicos de emergências cardiovasculares, como dor torácica, dispneia, palpitações, sudorese, tontura, náusea, síncope, e alterações no nível de consciência.
    • Diferença entre sintomas típicos e atípicos, especialmente em populações específicas (mulheres, idosos, diabéticos).
  • Infarto Agudo do Miocárdio (IAM):
  • Definição e Mecanismo:
    • Explicação do que é o IAM: Obstrução aguda de uma ou mais artérias coronárias, levando à isquemia e necrose do músculo cardíaco.
    • Principais fatores de risco para IAM: Hipertensão, diabetes, tabagismo, histórico familiar, colesterol alto, entre outros.
  • Identificação de IAM:
    • Sinais e sintomas clássicos: Dor torácica intensa e persistente (>20 minutos), irradiando para o braço esquerdo, mandíbula ou dorso; dispneia; palidez; sudorese fria; náusea e vômito.
    • Sintomas atípicos: Dor epigástrica, fadiga extrema, mal-estar, especialmente em mulheres, idosos e diabéticos.
    • Uso do eletrocardiograma (ECG) no APH para detecção de alterações indicativas de IAM (elevação do segmento ST, inversão da onda T, presença de ondas Q patológicas).
  • Protocolo de Atendimento ao IAM:
    • Monitorização cardíaca contínua e aquisição de ECG de 12 derivações o mais rápido possível.
    • Administração de oxigênio suplementar em caso de saturação de oxigênio <94%.
    • Uso de medicamentos: Aspirina (160-325 mg mastigável), nitroglicerina (se não houver contraindicações, como hipotensão), morfina para controle da dor intensa.
    • Preparação para transporte rápido ao hospital com capacidade para realizar intervenção coronariana percutânea (ICP) ou terapia trombolítica.
  • Acidente Vascular Cerebral (AVC):
  • Definição e Tipos de AVC:
    • Explicação sobre AVC isquêmico (obstrução de um vaso sanguíneo cerebral) e AVC hemorrágico (ruptura de um vaso sanguíneo cerebral).
    • Principais fatores de risco: Hipertensão, fibrilação atrial, diabetes, dislipidemia, sedentarismo, tabagismo, entre outros.
  • Identificação de AVC:
    • Sinais e sintomas de AVC: Fraqueza ou paralisia súbita de um lado do corpo, dificuldade para falar ou compreender a fala, perda súbita de visão, tontura ou perda de equilíbrio, dor de cabeça súbita e intensa.
    • Uso da Escala de Cincinnati para AVC pré-hospitalar: Avaliação da simetria facial, força dos braços e fala (FAST: Face, Arms, Speech, Time).
  • Protocolo de Atendimento ao AVC:
    • Determinação do “tempo zero” (hora exata em que o paciente foi visto normal pela última vez).
    • Monitorização contínua de sinais vitais e estado neurológico.
    • Transporte rápido para um hospital com unidade de AVC, preferencialmente em menos de 4,5 horas desde o início dos sintomas (tempo ideal para administração de trombolíticos em casos isquêmicos).
    • Administração de oxigênio suplementar, controle de glicemia (tratar hipoglicemia), e monitoramento contínuo durante o transporte.
  • Outras Emergências Cardiovasculares:
  • Arritmias Cardíacas:
    • Identificação de arritmias graves: Fibrilação ventricular (FV), taquicardia ventricular (TV), bradicardia extrema, taquicardia supraventricular (TSV).
    • Manejo pré-hospitalar: Desfibrilação imediata para FV/TV sem pulso; uso de cardioversão sincronizada para taquicardias instáveis; administração de medicamentos antiarrítmicos, como amiodarona e lidocaína.
  • Insuficiência Cardíaca Aguda (ICA):
    • Reconhecimento de sintomas de ICA: Dispneia súbita, edema pulmonar, ortopneia, estertores, aumento da frequência respiratória e sinais de choque.
    • Intervenções pré-hospitalares: Posição semi-sentada, administração de oxigênio, diuréticos intravenosos (como furosemida) e nitroglicerina se indicado.
  • Protocolos de Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (SAVC):
  • Aplicação dos Protocolos SAVC:
    • Revisão dos principais protocolos de suporte avançado, como o uso do DEA, manobras de reanimação, desfibrilação e administração de medicamentos.
    • Importância da abordagem sistemática e coordenada para maximizar a eficácia do atendimento.
  • Preparo para o Transporte e Comunicação com o Hospital:
  • Coordenação com o Hospital de Destino:
    • Comunicação antecipada e detalhada com o hospital receptor, informando sobre o estado do paciente, intervenções realizadas, medicamentos administrados e tempo estimado de chegada.
  • Preparo para o Transporte:
    • Garantia de monitorização contínua durante o transporte, com atenção especial aos sinais vitais e ao estado neurológico.
    • Preparação para intervenções adicionais, caso necessário, durante o transporte.

Benefícios Esperados com o Tópico:

Ao final deste tópico, os participantes deverão ser capazes de:

  • Reconhecer rapidamente os sinais e sintomas de emergências cardiovasculares comuns, como Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
  • Aplicar os protocolos de atendimento apropriados para IAM, AVC e outras emergências cardiovasculares, incluindo o uso de medicamentos, monitorização e desfibrilação.
  • Utilizar técnicas e equipamentos de monitorização cardíaca e suporte avançado de vida em cardiologia de maneira eficaz.
  • Preparar adequadamente o paciente para o transporte e coordenar a comunicação com o hospital receptor para garantir a continuidade do cuidado.
  • Adotar uma abordagem sistemática e coordenada para melhorar os desfechos clínicos dos pacientes com emergências cardiovasculares.

Este tópico é fundamental para capacitar os profissionais de saúde a atuarem rapidamente e de forma eficaz em situações de emergências cardiovasculares, aumentando significativamente as chances de sobrevivência e recuperação dos pacientes.

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