Pneumonia

Atualizado em 17/01/2022 às 06:44

Inflamação do parênquima pulmonar causada por vários tipos de microorganismos e agentes químicos. Microorganismos: bactérias, micobactérias, clamídia, micoplasma, fungos, parasitas, vírus.

Etiologia:

As principais causas infecciosas de pneumonia incluem:

bactérias à pneumonia bacteriana por germes gram-positivos e gram-negativos.

vírus à pneumonia viral por vírus da influenza, parainfluenza e adenovírus.

fungos à pneumonia fúngica por Cândida albicans e aspergillus.

protozoários à p. parasitária por Pneumocistis carinii: pacientes de AIDS.

Obs.: fungos e protozoários são considerados germes oportunistas, causam pneumonia após extenso uso de antibióticos, corticóides, antineoplásicos, ou em pessoas com AIDS, ou intensamente debilitadas.

A pneumonia também pode resultar de:

aspiração brônquica de líquidos, alimentos, vômitos, etc,

inalação de substâncias tóxicas ou cáusticas, fumaças, poeiras ou gases.

complicação de imobilidade ou de doenças crônicas.

Classificação:

# Adquirida na comunidade (até 48h);

# Adquirida no hospital (depois de 48h);

# No hospedeiro imunocomprometido;

# Por aspiração.

Fisiopatologia:

As características das vias aéreas superiores impedem que partículas potencialmente infecciosas al-cancem o trato inferior (normalmente estéril). Surge a partir da flora normal presente em um paciente cuja resistência foi alterada, ou é resultante da aspiração da flora presente na orofaringe.

Pode ser conseqüência de microorganismos transportados pelo sangue, que entram na circulação pulmonar e ficam aprisionados no leito capilar pulmonar, tronando-se uma fonte potencial de pneumonia. Progride para uma reação inflamatória nos alvéolos, produzindo um exsudato que interfere com a difusão do oxigênio e do dióxido de carbono.

Os leucócitos (em sua maioria neutrófilos) migram para dentro dos alvéolos e preenchem os espaços que normalmente contêm ar. As áreas do pulmão deixam de ser adequadamente ventiladas devido ás secre-ções e ao edema da mucosa que provocam oclusão parcial do brônquio ou dos alvéolos, com diminuição na tensão alveolar de oxigênio. Pode haver hipoventilação, que causa desequilíbrio na ventilação/perfusão da área afetada.

O sangue venoso, entrando na circulação pulmonar, passa através da área subventilada e para o lado esquerdo do coração precariamente oxigenado. A mistura do sangue oxigenado, precariamente oxigenado ou desoxigenado vai resultar em hipoxemia arterial.

Tipos:

1. Lobar – acomete parte de um ou mais lobos

2. Broncopneumonia – distribuída de forma macular, originada em uma ou mais áreas localizadas dentro dos brônquios e estendendo-se para o parênquima pulmonar adjacente.

3.Nosocomial– adquirida após 48h de internação

Fatores de risco:

Defesas comprometidas; infecções virais; doenças subjacentes – ICC, diabetes, DPOC, AIDS, cân-cer, neutropenia -; tabagismo; alcoolismo; intoxicação alcoólica; idade avançada; reflexo de tosse deprimi-do; antibioticoterapia; anestésico geral, sedativo (depressão respiratória); broncoaspiração; terapia respirató-ria com equipamento que não foi adequadamente limpo.

Manifestações clínicas: febre (40°), dor torácica, dispnéia, calafrios, cianose, tosse dolo-rosa e produtiva, escarro ferruginoso,cefaléia,náuseas,vômitos, mialgia,artralgia,lábios e língua ressecadas.

Complicações: derrame pleural, abscesso, empiema, hipotensão, bronquite crônica, e ICC.

Cuidados de enfermagem:

Oferecer e encorajar a ingestão de líquidos (6 a 8 copos ao dia);

Estimular mudança de decúbito de 2/2 horas, quando o cliente apresentar bom nível de consciência;

Encorajar mobilização no leito e atividade física conforme tolerado;

Orientar ou apoiar o tórax do cliente durante a tosse;

Fazer avaliação respiratória pela ausculta;

Incentivar a prática da respiração profunda e tosse eficaz.

Aspirar naso e orofaringe a intervalos curtos.

Orientar e encorajar o cliente a repousar o máximo possível;

Observar alterações na FR, FC, ocorrência de dispnéia, palidez ou cianose e disritmia, durante a ativida-de;

Avaliar o nível de tolerância do cliente a qualquer atividade;

Programe, junto com o cliente, atividades gradativamente aumentadas, com base na tolerância .

– manter o paciente em repouso, em quarto arejado, evitando correntes de ar;

– manter o ambiente tranqüilo, calmo e que proporcione conforto ao paciente;

– fazer a higiene oral e corporal, mantendo o paciente limpo;

– verificar e anotar os sinais vitais (T, R, P, PA) de 4/4 h;

– oferecer dieta hipercalórica e hiperprotéica;

– estimular a ingestão de líquidos;

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