Anemia na Gestação

Uma intercorrência clínica comum na gestão é a anemia.

Conceitua-se anemia na gravidez quando os valores de hemoglobina são iguais ou menores que 11,0g/dl (OMS,1974). No entanto, os valores de hemoglobina, assim como os do hematócrito e do número total de glóbulos vermelhos, ficam na dependência do aumento da massa eritrocitária, ambos variáveis nas gestantes. Assim, mesmo as mulheres saudáveis apresentam redução das concentrações de hemoglobina durante a gravidez não complicada. Essa redução manifesta-se em torno da oitava. semana, progride lentamente até a 34ª semana e, então, permanece estabilizada até o parto. Não causa danos à mãe ou ao feto, pois, embora a concentração da hemoglobina esteja diminuída, a hipervolemia possibilita a perfusão e a oxigenação adequadas dos tecidos.

Desta forma, é interessante adotarem-se outros critérios para a conceituação e para o diagnóstico de anemia. Os índices corpusculares, principalmente o Volume Corpuscular Médio (VCM = 81-95dl) não sofrem variações em relação ao volume plasmático e podem, então, ser tomados com tal finalidade. Para fins práticos, tomando-se o VCM como indicador, identificam-se três tipos de anemia: microcíticas (VCM < 85dl), normocíticas (VCM entre 85 e 95dl) e macrocíticas (VCM > 95dl).

A anemia ferropriva, evidenciada por alterações dos níveis de hemoglobina.

Além da anemia fisiológica da gravidez, é comum a presença de anemias secundárias a outras causas, principalmente aquelas devidas às carências de vitaminas e minerais. As anemias carenciais são muito freqüentes em nosso meio, principalmente a ferropriva e megaloblástica. Além delas, são também relativamente comuns no País a anemia falciforme, a talassemia e a anemia microangiopática. Para abordagem dirigida a estas situações, reportar ao Manual Técnico Gestação de Alto Risco.

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