Emergências Metabólicas em APH

Emergências Metabólicas em APH

As emergências metabólicas são situações clínicas em que há um desequilíbrio metabólico grave no corpo, colocando o paciente em risco imediato. Estas emergências podem incluir condições como hipoglicemia, hiperglicemia, crises convulsivas e desequilíbrios eletrolíticos, entre outras. Com este curso online você vai aprender muitas coisas.

Este tópico aborda as principais emergências metabólicas encontradas no contexto pré-hospitalar, seus sinais e sintomas, protocolos de atendimento e intervenções necessárias para estabilizar o paciente até que o tratamento definitivo possa ser realizado em ambiente hospitalar.

Conteúdos Abordados:

  • Reconhecimento de Emergências Metabólicas:
  • Sinais e Sintomas Comuns:
    • Identificação dos sintomas gerais de emergências metabólicas, como confusão mental, tontura, sudorese, fraqueza, convulsões, alteração no nível de consciência, taquicardia, e respiração anormal (como respiração de Kussmaul na cetoacidose diabética).
    • Importância da avaliação clínica rápida e uso de ferramentas de diagnóstico (como glicosímetros e monitores de eletrólitos) para identificação de emergências metabólicas.
  • Hipoglicemia:
  • Definição e Causas de Hipoglicemia:
    • Explicação da hipoglicemia como um nível de glicose no sangue abaixo de 70 mg/dL.
    • Principais causas de hipoglicemia: Uso excessivo de insulina ou medicamentos hipoglicemiantes, jejum prolongado, exercícios físicos intensos, insuficiência hepática, consumo excessivo de álcool, entre outros.
  • Sinais e Sintomas de Hipoglicemia:
    • Sinais e sintomas comuns: Sudorese, tremores, palpitações, ansiedade, confusão, tontura, fraqueza, visão turva, convulsões, e inconsciência.
  • Protocolo de Atendimento para Hipoglicemia:
    • Administração de glicose oral (15-20 g) para pacientes conscientes, como suco de frutas ou comprimidos de glicose.
    • Em casos de pacientes inconscientes ou incapazes de engolir: Administração de glicose intravenosa (IV) a 50% (25 g de glicose) ou glucagon intramuscular (IM) ou subcutâneo (SC).
    • Monitoramento contínuo dos níveis de glicose e dos sinais vitais.
  • Hiperglicemia e Cetoacidose Diabética (CAD):
  • Definição e Causas de Hiperglicemia e CAD:
    • Explicação da hiperglicemia como um nível elevado de glicose no sangue (acima de 200 mg/dL) e da cetoacidose diabética (CAD) como uma complicação grave caracterizada por hiperglicemia, cetonemia e acidose metabólica.
    • Principais causas: Falha na administração de insulina, infecções, estresse físico ou emocional, uso de certos medicamentos.
  • Sinais e Sintomas de Hiperglicemia e CAD:
    • Sinais e sintomas comuns: Poliúria, polidipsia, náusea, vômito, dor abdominal, hálito cetônico (cheiro de maçã), respiração de Kussmaul (respiração profunda e rápida), desidratação, e alteração no nível de consciência.
  • Protocolo de Atendimento para Hiperglicemia e CAD:
    • Administração de fluidos intravenosos isotônicos (como solução salina 0,9%) para corrigir a desidratação.
    • Monitoramento de sinais vitais, glicemia, estado neurológico e status respiratório.
    • Transporte rápido para o hospital para manejo definitivo, incluindo administração de insulina e correção de eletrólitos.
  • Crises Convulsivas:
  • Definição e Tipos de Crises Convulsivas:
    • Explicação das crises convulsivas como descargas elétricas anormais no cérebro, que podem ser generalizadas (como convulsões tônico-clônicas) ou focais (como convulsões parciais).
    • Causas comuns: Epilepsia, hipoglicemia, hipocalcemia, intoxicações, traumatismos cranianos, infecções do sistema nervoso central.
  • Protocolo de Atendimento para Crises Convulsivas:
    • Proteger o paciente contra lesões durante a convulsão (remover objetos perigosos ao redor, não restringir os movimentos).
    • Monitorar o tempo de duração da convulsão; administrar benzodiazepínicos (como diazepam ou midazolam) para crises prolongadas (> 5 minutos) ou status epilepticus.
    • Avaliação da glicemia capilar para descartar hipoglicemia como causa.
    • Preparação para suporte avançado de vias aéreas e oxigênio suplementar se necessário.
    • Transporte seguro para o hospital após a estabilização.
  • Distúrbios Eletrolíticos:
  • Reconhecimento de Distúrbios Eletrolíticos:
    • Identificação de sinais e sintomas de distúrbios eletrolíticos graves, como hipocalemia (fraqueza muscular, arritmias), hipercalemia (arritmias, paralisia), hiponatremia (confusão, convulsões), e hipernatremia (letargia, coma).
  • Protocolo de Atendimento para Distúrbios Eletrolíticos:
    • Monitoramento dos sinais vitais e ECG para detectar arritmias.
    • Administração de soluções intravenosas apropriadas para correção de desequilíbrios eletrolíticos (como cloreto de sódio hipertônico para hiponatremia sintomática).
    • Preparação para transporte rápido ao hospital para tratamento definitivo.
  • Outras Emergências Metabólicas:
  • Crise Addisoniana:
    • Definição: Insuficiência adrenal aguda caracterizada por hipotensão, hipoglicemia, hipercalemia, e colapso circulatório.
    • Manejo: Administração de hidrocortisona IV, correção de hipoglicemia e desequilíbrios eletrolíticos.
  • Hipotermia e Hipertermia:
    • Reconhecimento e manejo de desequilíbrios de temperatura corporal, incluindo aquecimento passivo ou ativo para hipotermia e medidas de resfriamento para hipertermia.
  • Preparo para o Transporte e Comunicação com o Hospital:
  • Coordenação com o Hospital de Destino:
    • Comunicação antecipada com o hospital receptor, fornecendo detalhes sobre a condição do paciente, intervenções realizadas, medicamentos administrados, e tempo estimado de chegada.
  • Preparo para o Transporte:
    • Garantia de monitoramento contínuo dos sinais vitais, glicemia e estado neurológico durante o transporte.
    • Prontidão para intervenções adicionais, conforme necessário, durante o transporte.

Benefícios Esperados com o Tópico:

Ao final deste tópico, os participantes deverão ser capazes de:

  • Reconhecer rapidamente os sinais e sintomas de emergências metabólicas comuns, como hipoglicemia, hiperglicemia, crises convulsivas, e distúrbios eletrolíticos.
  • Aplicar protocolos de atendimento adequados para estabilizar pacientes em diferentes tipos de emergências metabólicas, incluindo administração de glicose, medicamentos anticonvulsivantes, fluidos intravenosos e monitoramento contínuo.
  • Utilizar técnicas de manejo seguro para minimizar complicações e melhorar os desfechos clínicos dos pacientes.
  • Preparar adequadamente o paciente para o transporte seguro e manter comunicação eficaz com o hospital receptor para garantir a continuidade do cuidado.

Este tópico é essencial para capacitar os profissionais de saúde a responderem com rapidez e precisão em situações de emergências metabólicas, aumentando significativamente as chances de sobrevivência e recuperação dos pacientes.

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